sábado, 6 de maio de 2017

Le Pen e os sikhs


Pois bem, e agora também sabemos em quem os 10 mil sikhs franceses vão votar: em Emmanuel Macron. A sra. Le Pen pelo menos não deixa de ter razão numa coisa, pasme-se; os seguidores do sikhismo na França não são assim tantos que valha a pena investir nesse segmento do eleitorado. São apenas um quarto dos "sikh" ingleses, e um terço dos americanos. Na Índia, onde estive recentemente, são 22 milhões, a quinta religião mais seguida do país, e apesar de representarem menos de 2% da população indiana, 9 em cada 10 sikhs do planeta são indianos.



Esta é a khanda, o símbolo do sikhismo, uma seita fundada no século XVI pelo Guru Nanak. Como é um seita que se separou originalmente do islamismo, a indumentária é recorrente do mesmo, nomeadamente o uso do turbante e da barba, nos homens, enquanto as mulheres se quedam por vestidos discretos, mas nada de burkas e afins. Apesar da aparência "ameaçadora" para grande parte dos padrões ocidentais, os sikh são uma gente pacífica - o motorista que nos levou ao Taj Mahal e depois de volta a Nova Deli era sikh. Não surpreende portanto que a sra. Le Pen não tenha notícias deles. É que um dos pilares onde assenta o sikhismo é "levar uma vida honesta e auferir honorários honestamente", portanto é possível que a líder da FN não conheça nada sobre deles, de todo.


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